Foto: Arquivo Pessoal
Regina Medianeira da Silva Carvalho nasceu em Santa Maria e foi criada ao lado da irmã, Cleunice Pereira. Moradora da Vila Brenner, ela teve uma formação humilde e aprendeu a enfrentar os desafios, tornando-se uma batalhadora.
A santa-mariense foi casada com o autônomo Valdir Antônio Carvalho, 55 anos. Na juventude, os dois eram vizinhos. Conforme conta o marido, eles passaram a trocar olhares "diferentes" e, depois, começaram a namorar. O casal teve sete filhos: Felipe (falecido), Vinícius, 19 anos, Priscila, 27, Vagner, 29, Fabiane, 31, Tatiane, 33, e Rejane 36. Deles, Regina ganhou os netos Luisa, Davi, Pietro, Michaela, Raíssa e Gabriel.
Foto: Arquivo Pessoal
Regina trabalhava como doméstica, mas abandonou a profissão para poder dedicar mais tempo ao filho Felipe, que era autista e necessitava de atenção especial. Nos períodos de lazer, a dona de casa gostava de assistir televisão, ler e, aos finais de semana, gostava de ir até a Praça do Mallet para tomar chimarrão, um de seus passatempos favoritos.
Foto: Arquivo Pessoal
A filha Tatiane, que trabalha como operadora de caixa, lembra que a mãe foi exemplar ao ensinar os filhos a superarem as dificuldades apresentadas pela vida. Segundo ela, Regina sempre falava sobre a importância do trabalho para a dignidade do ser humano:
- Atualmente, apesar de todos os percalços pelos quais passamos, meus irmãos e eu conseguimos constituir família e ter uma vida honesta. Tudo graças à minha mãe. Além disso, somos uma família unida, também por conta do que ela nos passava.
Foto: Arquivo Pessoal
Outro prazer de Regina era ver a família reunida. É o que conta a filha Priscila, agente de portaria. Ela diz que, para a mãe, ver as filhas permanecerem fortes diante dos problemas era um orgulho:
- Ela desistiu da própria vida para cuidar do nosso irmão Felipe. Passamos muita dificuldade. Já vi ela tomar água com açúcar para matar a fome e dividir três pães cacetinhos entre cinco filhos. Minha mãe era uma referência como mulher.
Regina Medianeira da Silva Pereira morreu em 8 de junho de 2019, vítima de infarto. Ela foi sepultada no mesmo dia, no Cemitério Ecumênico Municipal.